quinta-feira, 12 de março de 2015

Pochete, você ainda vai ter uma


Símbolo do mau gosto, da cafonice e da deselegância nos anos 90, a pochete voltou segundo os estilistas de moda, estes profissionais que vivem reciclando o que passou por falta de imaginação, criatividade ou coisa parecida, em tentar o novo.. É mais do mesmo, só que um zíper aqui, um botão ali, um penduricalho qualquer e um preço nas alturas, como convém aos senhores da moda e dos modismos e, um contingente de consumidores otários e atentos às últimas novidades das novelas globais. 

Nunca fui um seguidor de modismos, já que uso sempre o que gosto e que me faz bem, sem muita preocupação em destoar da banda dos contentes, mas confesso já ter sido tragado por um tsunami global. Sempre elas, as novelas globais como fio condutor daquilo que é ou será moda e que deve ser usado por todo rebanho. 

Estava no ar a novela Cavalo do aço e, a indústria calçadista em provável conluio com o núcleo produtor da novela, urdiu o lançamento de uma linha de sapatos masculinos chamada, coincidentemente, de “cavalo de aço”. Tive um como tantos e todos, em todas as festas em que estivemos e, usávamos. Salto alto, como estes sapatos ou botas de neo-sertanejos, tipo mocassim, em que a parte frontal era cravejada de pequenas estrelas de aço ou flandres, que me parecia ter um chão de estrelas aos pés, algo como a célebre canção de Silvio Caldas.   

Quanto à pochete atravessei incólume ao seu assédio, embora aquele meu primeiro celular Motorola talvez só coubesse mesmo em uma pochete, tais as suas dimensões. E eu aqui recolhendo “o que Luzia ganhou na horta”.

Foto: Ilustrativa

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